(UNIRIO - 2005) - Sistema digestório

A luta contra a obesidade tem sido uma constante principalmente para muitos habitantes dos grandes centros urbanos, cuja vida sedentária e pressionada por tensões emocionais leva ao aumento exagerado de peso. Diversas drogas têm sido usadas, entre elas, alguns medicamentos com o inocente codinome de “moderadores do apetite”, cujo princípio ativo é o sulfato de anfetamina, que além de inibir o apetite, traz riscos sérios ao aparelho cardiovascular e ao sistema nervoso, e é considerada a droga que provoca o mais alto grau de dependência psíquica. Posteriormente, a pesquisa de produtos para combater a obesidade tomou um novo rumo. No lugar de fórmulas para diminuir a fome, drogas que estimulam a sensação de saciedade. Nesta fase, substâncias como a fenfluramina e a d-fenfluramina foram saudadas como as salvadoras dos obesos graças aos seus excelentes resultados. Contudo, tamanha euforia durou pouco tempo: diversos estudos feitos por instituições com credibilidade junto à comunidade acadêmica passaram a alertar que estas novas substâncias poderiam provocar lesões nas válvulas do coração. Como resultado vários remédios com estes princípios ativos foram banidos do mercado. No final dos anos 90, o orlistat, foi descoberto na Espanha, com o poder de inibir a atividade das lipases formando uma ligação covalente com a porção serina do sítio ativo de tais enzimas, limitando sua ação ao espaço-luz do tubo digestivo. Administrado (via oral), após as grandes refeições, 30% da gordura ingerida na alimentação não será digerida e o déficit calórico resultante tem efeito positivo sobre a redução de peso.

Por que a utilização do orlistatnão pode produzir efeitos colaterais semelhantes aos das drogas anteriormente descritas?

Resolução:

O orlistat liga-se à lípase, não ocorrendo absorção sistêmica, sendo então eliminado pelo organismo.

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